E as fundações?

Já rolou bastante mídia em cima do assunto dos cartões corporativos, agora que tal a imprensa e a oposição começarem a pressionar o governo em uma investigação de nível nacional das fundações de “apoio a pesquisa”?

Temos o caso da Feesc, na Universidade Federal de Santa Catarina(UFSC) que desde 26 de fevereiro de 2007 encontra-se sob intervenção judicial, a fundação que vem celebrando contratos milionários com grandes empresas públicas e privadas, deve R$ 5,5 milhões ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Em seu despacho, o juiz Luís Felipe Canever, da comarca de Florianópolis, destacou o relatório apontando que “a Feesc estaria remunerando de forma irregular empregados, como se prestadores de serviço que não teriam vinculação formal com a fundação, deixando de recolher adequadamente tributos, além de utilizar-se de comprovantes de despesas duvidosos, com ‘a apresentação de diversas notas fiscais cuja soma não coincide com os valores lançados na contabilidade’”.

Falando ainda sobre a UFSC, o poder das fundações faz com que boa parte da universidade, principalmente as áreas voltadas a tecnologia passem a girar em torno do interesses privados das fundações e de seus dirigentes. O poder político delas é enorme, tanto que na maioria das vezes as eleições a reitor envolvem um candidato “pró-fundação” e um contrário a elas.

Temos o caso da UNB, onde foram gastos 500 milhões pela Finatec para mobiliar o apartamento do reitor, além do desvio de 100 milhões.

Este é um assunto que deveria estar mais em pauta nos meios de comunicação, já que é muito dinheiro público que está indo para interesses privados, corrompendo toda a estrutura das universidades públicas.

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