Empresas querem criar código de conduta na Internet

Fonte: Globo

Empresas de tecnologia como Microsoft, Google, Yahoo e Vodafone estão discutindo com grupos de defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa a criação de um código de conduta para a internet, com o objetivo de proteger a liberdade de expressão e a privacidade dos usuários da web.

As partes anunciaram em comunicado divulgado na sexta-feira (19) que desejam finalizar o código ainda neste ano, para combater tendências como o número cada vez maior de prisões de jornalistas que trabalham on-line, a monitoração de atividades via web e a censura.

As negociações estão sendo lideradas pelo Centro de Democracia e Tecnologia, de Washington, e pela Negócios pela Responsabilidade Social, uma organização sem fins lucrativos de San Francisco. Os dois grupos estão tentando redigir um código que responsabilize as empresas caso elas cooperem com governos a fim de suprimir a liberdade de expressão ou violar direitos humanos.

“As empresas de tecnologia desempenharam papel vital em criar atividade econômica e oferecer ferramentas importantes para as reformas democráticas nos países em desenvolvimento”, disse Leslie Harris, diretor executivo do Centro de Democracia e Tecnologia. “Mas alguns governos encontraram maneiras de voltar a tecnologia contra os cidadãos, monitorando atividades on-line legítimas e censurando material democrático”, afirmou Harris.

O Comitê para Proteger os Jornalistas afirmou que as empresas de internet estão sob os holofotes depois da prisão, na China, de escritores que publicavam conteúdo on-line, como Shi Tao, condenado em 2005 a dez anos de prisão por divulgar segredos de Estado a outros países.

Os grupos de defesa dos direitos humanos acusaram o Yahoo! de ajudar a China a rastrear a conversação via e-mail entre Shi Tao e um site de notícias sediado em Nova York.

“Governos de todo o mundo estão detendo jornalistas em ritmo intensificado, com 49 blogueiros, editores de serviços de notícias on-line e repórteres que trabalham na web atrás das grades no final de 2006”, de acordo com Joel Simon, diretor executivo do Comitê para Proteger os Jornalistas.

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