Pedro Dória sobre a revisão da lei da anistia no caso da tortura

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É hora de rever a lei da anistia do Pedro Dória

O tema tem despertado reação de parte do exército, que geralmente recorre aos crimes “guardados na gaveta” cometidos pelos guerrilheiros que lutaram contra o regime e que segundo os militares ocupam os “altos escalões do governo” e que a esquerda teria muito a perder se os arquivos da ditadura fossem abertos.

Sinceramente, se os oficiais da ditadura tivessem tanta certeza disto, porque as forças armadas queimariam seus arquivos? ou então pronunciam frases como “Os crimes que eles praticaram estão todos registrados. E as torturas não estão. Ninguém escreveu: hoje torturei fulano e sicrano. Já os processos contra os guerrilheiros estão registrados nos tribunais.”

São frases, de quem está tentando incinerar seu passado, passado que nunca será incinerado por aqueles que tem na memória as marcas da tortura, se falam tanto dos crimes do “outro lado”, de terrorismo, então deveriam divulgar tais arquivos, para que a sociedade possa julgar o peso destes crimes comparados com os crimes de tortura, sequestro e assassinato institucionalizados pelo estado brasileiro e parar com este chantagismo barato.

E se você acha que roubar um banco se encaixa no mesmo nível, esqueça um pouco que a pessoa era “um(a) comunista canalha” e peça para escutar o depoimento de quem um dia foi torturado, como milhares de pessoas foram no Brasil, que teve e ainda tem este crime como prática oficial de suas policias.

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