Bombas sobre o Equador

Um país invade outro em busca de terroristas, acho que já vi essa cena antes…

A invasão do território Equatoriano pela Colômbia abriu uma crise que a muito não se via na América Latina, TODOS os líderes latino americanos se mostraram contrários a invasão colombiana, pois foram violados tratados internacionais, obviamente quem defendeu a Colômbia foi o governo dos EUA, que já está acostumado(vide Iraque) a violar tratados internacionais em nome do “combate ao terrorismo”.

Aliás o próprio Uribe declarou apoio aos EUA a guerra do iraque:

“A nadie parece haber tomado por sorpresa la petición que hiciera Álvaro Uribe Vélez al Gobierno de Washington sobre un despliegue militar en Colombia, “equivalente al que se prepara en el golfo Pérsico”, según palabras del mandatario. Al fin y al cabo, de una u otra forma, todos los colombianos y la propia comunidad internacional, ya estaban advertidos sobre el talante guerrerista del nuevo Presidente, aupado al poder sobre un discurso de mano firme que lo llevó a tomar las riendas de esta nación en una tarde sangrienta de agosto pasado. “

O discurso legalista de que as FARC são combatidas pelo tráfico de drogas é pura balela, a questão é política, o governo colombiano mantem laços com a AUC, grupo guerrilheiro de extrema direita responsável pelo “trabalho sujo” do estado e que obtem sua grana da mesma fonte que as FARC, a cocaína.

Para quem não acredita que tenha um dedo dos EUA nessa história: EUA teriam ajudado na operação que levou à morte o número dois das Farc.

Sinceramente acho que o assassinato do número dois das FARC foi oportuno para os EUA e a Colômbia, pois joga por terra qualquer tentativa de negociação e libertação de reféns, Reyes era o contato francês na possível libertação de Ingrid Betancourt.

A libertação de reféns estava sendo um bom trunfo político para Chávez que protagonizou dois episódios de sucesso, que mira a longo prazo em uma institucionaĺização da guerrilha, como partido na máquina política do pais, a guerrilha não tem condições de derrubar o estado colombiano que tem seu aparelho militar constantemente reforçado pelos EUA, para Chávez seria muito melhor um vizinho alinhado ideológicamente e que não mantivesse laços tão fortes com seu maior inimigo.

E acredito que foi a frustração de seus planos e o recado de que a Venezuela estaria pronta para qualquer ataque a um vizinho amigo que motivou o presidente venezuelano a movimentar suas tropas para a fronteira com a Colômbia, o fato é que se confirmadas as acusações do financiamento de Chávez para a guerrilha feitas pelo governo Colombiano a OEA, a situação vai se complicar internacionalmente para ele.

Todo governo de direita garante o poder pelo medo, Colômbia, EUA e Israel são os casos mais recentes, Uribe não quer negociar com a guerrilha, não quer que a guerrilha deponha suas armas, ele precisa da ameaça das FARC para manter o poder, e os EUA precisam manter o último posto avançado que possuem no continente cada vez mais virado para a esquerda.

Política e poder, sem moralidades, de ambos os lados.
Nessa história toda, quem é realmente inocente, sem as mãos manchdas de sangue são os reféns que vão continuar sofrendo em condições sub-humanas nas mãos da guerrilha.

Leia mais:

Blog Biscoito Fino e a Mass: O crime internacional de Uribe, as Farc e o respeito às fronteiras nacionais

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