Executada com tiros na cabeça a militante de direitos humanos e vereadora pelo PSOL do Rio de Janeiro Marielle Franco. Marielle, nascida e criada na favela da Maré, tinha acabado de denunciar a ação brutal e truculenta da PM na região do Irajá, na comunidade de Acari e foi nomeada em Fevereiro como relatora da comissão que acompanha a Intervenção Militar Federal no Estado do RIo. Também foi assassinado o motorista Anderson Pedro Gomes, que dirigia o veículo. Se os assassinos se sentiram a vontade para matar a quinta vereadora mais votada pela cidade, imagina o que não fazem por aí nos becos e vielas, de quem mora na favela ou quem vive nos cantões do país? Na semana passada foi o Marcinho do MST da Bahia, assassinado a tiros na frente do filho de 6 anos. O cerco vai se fechando para quem luta por uma sociedade mais justa nessa democracia de faz de conta.
#mariellepresente #terroristaéoestado#forapmdomundo
Uma de nós
Uma voz
Menos uma
Voz
De nós
Mais uma
Silenciada
Executada
Mais uma
Que é nós
Que ata
Que peita
Que brada
Mais uma
Açoitada a tiros
Como a chibata
Que açoitava
O couro preto
Que reluz em nós
Escravizadas
Aprisionadas
Hoje assassinadas
Dizimadas
Pelo mesmo algoz
Mas seu eco
É grande
Sua imagem
É nossa
Seu nome
É imenso,
É Mar
E ele
não a matará
Dentro de nós
Guerreiras como vós
Unidas a fortes nós
Não calaremos
Venceremos
Te honraremos
Até que não reste
Vestígio sequer
Deste bruto algoz
(Por Larissa de Paula Couto. Pela memória de Marielle Franco. Rio de Janeiro, 14 de março de 2018)