(FLORIANÓPOLIS)
É com profunda indignação e tristeza que o coletivo Pintelute presta homenagem à companheira Marielle Franco, executada junto a Anderson Pedro Gomes na última quarta-feira (14) após denunciar o terrorismo de Estado. Estado que sempre esteve a serviço do capital e, agora, dos intensos cortes nos frágeis direitos conquistados pelas trabalhadoras e trabalhadores com muita luta.
Mulher negra, favelada, militante socialista, Marielle sempre denunciou o abuso policial contra o povo negro, pobre e periférico que vive cotidianamente com a perseguição e o genocídio, que agora se intensificam com a intervenção militar no Rio de Janeiro.
Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove… NOVE, foram os tiros proferidos no carro em que Marielle e Anderson estavam, balas que pertenciam à Polícia Federal. Uma nítida execução por sua atuação política, sem nenhum disfarce, um ato de intimidação àquelas e àqueles que se mobilizam. Mais do que nunca, é necessário fortalecer redes de solidariedade com aquelas que lutam lado a lado às oprimidas.
Não encontraremos em uma lógica punitivista a solução para tal atrocidade. Não importa apenas quem matou, mas a mando de quem e por que motivos tentam nos calar e silenciar Marielle. Todos os dias, companheiras e companheiros caem lutando por um mundo melhor. É a força de nossas ideias que buscam matar.
Eles não sabem, mas somos sementes e as ruas não negam. A cada coração enterrado, a revolta há de brotar em um muitos novos!
NÃO AO GENOCÍDIO DO POVO NEGRO, pobre, periférico e aquelas que lutam por um mundo mais justo.
FORA INTERVENÇÃO FEDERAL-MILITAR!
FIM DA POLÍCIA MILITAR!
Que o luto se faça luta!
Marielle Presente!
Pinte e lute!