I Colóquio Pesquisa e Anarquismo, em Floripa

Apresentação

O anarquismo e suas diferentes manifestações políticas, filosóficas, históricas e práticas têm sido objeto de estudos nas universidades brasileiras desde meados da década de 1970. A partir deste período brasilianistas e marxistas escreveram sobre as origens da organização sindical no Brasil com base nos materiais compilados por militantes anarquistas que, após a morte de Edgard Leuenroth, responsável pela guarda e conservação de um arquivo coletivo, deu origem ao Arquivo Edgard Leuenroth da Unicamp (Campinas/SP).

Com o passar dos anos houve a ampliação dos programas de pós-graduação e um crescimento no interesse por esse tema, originando uma gama de TCCs, dissertações de mestrado e teses de doutorado. Esse movimento fez com que as perspectivas em relação ao papel dos anarquistas na história fossem revistas e erros ou omissões pudessem ser questionados com base em novas abordagens e fontes que se tornaram acessíveis.

Nota-se então o surgimento de muitos trabalhos científicos nas mais variadas áreas do conhecimento que renovam o pensamento no seu campo e arejam as estruturas acadêmicas, muitas vezes paralisadas pelo comodismo intelectual, pressionadas pela produtividade da universidade capitalista e viciadas pelas disputas pessoais e teóricas que engessam as possibilidades de produzir avanços e reflexões críticas e de qualidade.

Todas essas causas de paralisia também engendram obstáculos institucionais para essas pesquisas. Estudantes e pesquisadores se veem muitas vezes desestimulados (ou até mesmo tolhidos) para seguir com seus projetos. Vemos se reproduzir nos ambientes universitários alguns mecanismos recorrentes que podem resultar em isolamento, falta de apoio e embates com professores e/ou orientadores que, em alguns casos, levam à desistência dos estudos.

Estes problemas são, até certo ponto, inevitáveis e alheios à nossa ação; e, de qualquer forma, o embate saudável de ideias pode significar uma oportunidade para o avanço da pesquisa, mas torna-se necessário um esforço maior para garantir visibilidade a estudos como os apresentados aqui. Assim, propomos a realização do “I Colóquio Pesquisa e Anarquismo: Perspectivas em Debate” com o objetivo central de possibilitar uma aproximação de pesquisadoras/es que têm como o tema o anarquismo ou que partem de teorias ou práticas anarquistas para embasar suas produções acadêmicas. O colóquio visa garantir espaço para a apresentação de trabalhos concluídos ou em desenvolvimento, a troca de experiências, divulgação de novos estudos, socialização de fontes de pesquisa, exposição de grupos de pesquisa, editoras, livros, revistas e arquivos*, e a participação de interessados no anarquismo, militantes, e apoiadores destas pesquisas no ambiente acadêmico ou fora dele.

A aproximação e a solidariedade entre pesquisadoras/es do anarquismo é importante para evitar a evasão e os prejuízos para a continuidade de novos estudos. Nesse sentido, decidimos propor a realização de um evento gratuito, aberto ao público em geral, e em uma cidade que já foi palco do Encontro de Cultura Libertária (2000) e que por muitos anos abrigou, na UFSC, o Núcleo de Alfabetização Técnica (NAT/CEDI), de orientação libertária.

* Grupos de pesquisa, editoras, livros, revistas e arquivos: entrar em contato via email.

Objetivos

  1. Abrir espaço para que pesquisadoras/es anarquistas se conheçam e possam conhecer as pesquisas de cada um(a) em diferentes áreas.
  2. Compartilhar contatos de outras/os pesquisadoras/es, grupos de pesquisa, produções em diferentes áreas, fontes de consulta e pesquisa, editoras e publicações.

 

Estrutura do Evento

O colóquio contará com três formas de participação: palestrantes convidados, pesquisadores com apresentação de trabalho e público em geral. O evento também possibilitará a realização de atividades culturais.

Público-alvo

O evento contempla como público alvo em primeiro lugar pesquisadoras/es em nível de graduação e pós-graduação das mais diversas áreas do conhecimento, bem
como professoras/es e estudantes do ensino fundamental e médio, além de trabalhadoras/es interessadas/os no tema.


PARTICIPAÇÃO ABERTA AO PÚBLICO EM GERAL

INSCRIÇÕES GRATUITAS

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

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